Canção incompreensível

Togashi criou os nomes dos guardas reais com a junção dos nomes de deuses egípcios e de personagens de um livro infantil francês denominado Caroline e ses amis. E falaremos sobre o segundo guarda a nascer.

A Primeira parte do seu nome “Shai” Na mitologia egípcia, é o deus do destino. Ele era tanto uma personificação desse conceito quanto uma divindade. Ele determinava a duração da vida dos seres humanos e permanecia o seu lado, ao decore de toda a sua vida até enfrentarem o julgamento de Osíris no submundo.

Shai e Osíris

Essa característica está fortemente representando no Shaiapouf, pois ele, como guarda real pretendia fica ao lado de seu rei por toda a sua vida, orientando e o protegendo. E também pode está relacionado a sua habilidade principal “mensagem espiritual” que não é exatamente ler a mente, mas é obter uma compreensão geral do processo de pensamento de uma pessoa e, em seguida, usar esse conhecimento para prever suas ações, ou melhor seu destino. Essa habilidade representa as duas faces da empatia. Por um lado, entender o que os outros estão sentindo pode ajudá-los, mas, por outro lado se combinada essa habilidade com uma personalidade manipuladora, pode permitir que você os controles facilmente. E a segunda metade de seu nome Pouf, que é um gatinho branco que usa gravata borboleta azul e ele é elegante, esnobe e desmiolado. Que aborrece a todos com longas conversas sobre seus sonhos de grandeza. Fazendo ele se destaca dos outro.

Pouf - Caroline e ses amis

E essa personalidade combinar perfeitamente com a do Pouf pois ele é o mais peculiar dos guardas reais. Ele aparentemente também é o mais calmo, pensativo e inteligente. Mas essa máscara começa a cai cada vez mais pela sucessão dos acontecimentos, mostrando sua natureza fanática e obsessiva pelo seu rei. Podendo ser um personagem apático e empático ao mesmo tempo, e ele é movido pelo enorme amor e admiração que sente pelo seu Rei, tanto que chega a agir por vontade própria para evitar que seu próprio Rei seja submerso, para o que ele chama de patética bondade. E essa sua visão sobre o Rei bate de frente com a de Neferpitou. Ambos são leais a Meruem, mas na verdade pitou é leal a pessoa que Meruem é, priorizando os seus sentimentos. Essa lealdade é prejudicial para sua espécie, mas boa por seu Rei. Enquanto Shaiapouf é leal ao título de Rei, e tem em mente o melhor para sua espécie, mas é prejudicial para Meruem como indivíduo. E suas emoções eram dirigidas a si mesmo e ao Rei, seus ideais eram rigorosos e absolutos. Em vez disso, seus sentimentos resultaram em fanatismo, não permitindo que ele agisse com clareza quando chegou à sala do trono.

Pouf na sala do trono

E essa cena mostra com profundidade, que ele aceita que não foi até aquele lugar porque ele achava que Meruem estivesse lá, e sim, porque ele não queria admitir para si mesmo que seu rei poderia está em algum lugar com Komugi, protegendo-a em vez de permanecer na sala do trono onde Pouf acreditava que pertencia. No entanto, as intenções de Pouf não eram puro egoísmo. Eram pelo seu Rei. Ele é um guarda real, ele nasceu para colocar o bem do próprio rei acima de tudo. No entanto, ele é diferente de Youpi e Pitou porque seu lado formiga é provavelmente maior e mais exaltado, ele está em constante batalha entre o seu lado formiga e as emoções humanas.

É interessante que Shaiapouf não foi capaz de usa a sua habilidade ao máximo. Para nós ter uma noção disso, vamos compará-lo com Meruem. Quando Meruem se torna capaz de usar a Mensagem Espiritual, ele demostra uma compreensão muito melhor da habilidade e é capaz de usá-la para ler, com sucesso a personalidades das pessoas e se comunicar com ela. Nós nunca vimos Shaiapouf fazer algo semelhante. E isso pode ser visto como uma desconstrução de uma ideia de empatia, e Shaiapouf é capaz de ler as emoções dos outros, mas ele não compreender emocionalmente as pessoas. No momento onde Pouf e Youpi revivem o Rei depois da luta contra Netero. Nessa cena em específico a bela aparência de Pouf esconde sua alienação e mentira em relação ao rei, ele até aproveita esse momento que seu rei perde a memórias para tentar matar Komugi.

Pouf e Yupi salvando Meruem

E é até poético que Youpi indiretamente represente um Anjo, com suas asas majestosas e sua fidelidade ao Rei. Pouf com sua aparecia fofa e inofensivo representa o mal, e Youpi com sua aprecia monstruosa é a bondade, é quase uma crítica a uma sociedade que valoriza mais a beleza externa, estabelecendo de certa forma um padrão de beleza ideal, olhando só a embalagem e esquecendo o produto.

Heraclides anchisiades - Exemplar de borboleta que liberar essas toxinas

E isso pode ser associado ao animal que ele representa, a borboleta, pois algumas delas desenvolvem características como a liberação de toxinas resultando em um sabor horrível para evitar os predadores, levando literalmente ao significado da frase:

"O que realmente importa é o que você carrega dentro de si"

No entanto, seus ideais, embora absolutos, não salvaram a sua vida. No final, ele aceita Komugi, mas já era tarde demais para se arrepender de seus pecados.
Ele morrer ajoelhado no chão, com o veneno da “rosa” que o matava lentamente, embora soubesse que o seu fim estava perto, queria esconder Komugi do seu rei.
Ele segurou seu ideal até o fim. Este personagem não parou por nada, ele tentou luta contra a morte pelo seu Rei. Ele era humano, mas ele negava sua humanidade, pois antes dele ser um humano ele era um guarda real, e ele realmente amava Meruem. Quem não faria o impossível pelas pessoas que amamos?

E foi simplesmente assim que Pouf demonstrou, não importa como você olhe para ele, ele foi “humanizado” exatamente como Youpi e Pitou foram. Ele percebeu que, eventualmente, escondendo Komugi, ele teria morrido como uma pessoa que negou ao seu rei a felicidade de passar seus últimos momentos com quem ele realmente amava. E essa cena é realmente maravilhosa de ser descrita, em um campo dourado e brilhante Pouf só pode se ajoelhar diante de Meruem e Komugi, vendo o que suas mentiras escondiam. E é assim que ele morre no chão e com lagrimas nos olhos arrependido e solitário.